A revolução da IA no seu peito e futuramente na sua mente?

Na semana passada, a Humane AI lançou o AI Pin, um dispositivo vestível que promete ser mais que um smartphone. Será o uso físico da IA através do sistema operacional Cosmos que mistura um pouco da IA da OpenAI (ChatGPT 4) e da Microsoft juntas. Entre os parceiros do serviço ainda aparece o nome do Google (talvez muito conteúdo e um pouco da AI vem dessa empresa) e do Slack (ferramenta de comunicação multiplataforma). Tanto poder assim traz a promessa de um dispositivo disruptivo e totalmente inovador que em 2024 estará preso nas roupas dos usuários, mas porque não pensar, em alguns anos, estar presente na cabeça dos adeptos?

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Vamos por partes. Desde o início de 2023 a Humane vinha soltando alguns spoilers de seu lançamento da semana passada (veja o vídeo). Esse produto que vai além do que temos hoje em um smartphone, tem o poder da já avançada IA presente e que deve ampliar nos próximos anos. Ele faz ligações, recebe mensagens, faz uma varredura e te dá um apanhando geral dos seus e-mails, mas vai além. Ele filma e faz fotos e pode ler, através das câmeras, o que você está segurando e te dizer, por exemplo, se o alimento tem quanto de proteínas ou carboidratos.

Tradução simultânea

Além disso, o AI Pin te fala quanto você consumiu de alimentos naquele dia, indica opções de estabelecimentos próximos, sugere onde você poderia jantar ou almoçar e faz algo que me deixou mais empolgado com a ferramenta: tradução simultânea.

Como em filmes de ficção, ao tocar na interface do AI Pin, a AI consegue detectar a língua falada pelo interlocutor, traduz para sua língua e depois você fazer o caminho inverso: falar em sua língua e ele irá traduzir pra língua da pessoa que está na conversa com você. Sim, isso me lembrou os devices de personagens de filmes de sci-fi onde, para se comunicar com alienígenas um intercomunicador no uniforme fazia esse papel da AI Pin.

Preço e disponibilidade

O produto chega no começo de 2024 nos EUA e terá a rede de dados da T-Mobile para funcionar. O cliente pagará US$ 24 por mês. Além disso, é preciso pagar pelo device que custa US$ 699. A esses preços serão incluídas taxas.

As pré-encomendas começarão no dia 16/11 clicando no site da Humane AQUI

Dúvidas

Foi mencionado que o AI Pin terá um processador Snapdragon, mas não ficou claro qual. Você controlará o device por voz, dados e gestos. A tela dele poderá ser sua mão quando for necessário, mas geralmente tudo será resolvido por voz ou gestos. A música virá do serviço Tidal. A AI por trás do Pin irá fazer o rastreio dos dados e entregar ao cliente a música selecionada.

No vídeo, eu achei que demora um pouco para os dados serem processados e entregues ao usuário, mas acredito que com o uso de mais usuários essas informações possam ter a entrega acelerada.

Privacidade

A promessa da Humane é que o dispositivo vai respeitar sua privacidade. Ele não foi feito para estar sempre gravando e nem mesmo está ouvindo uma palavra de ativação. Você terá que ativar o dispositivo manualmente tocando e arrastando no touchpad, e a “Luz de confiança” do Pin pisca para que você e supostamente todos os outros saibam que ele está coletando dados.

Algo interessante é o sistema de áudio. Sem fones de ouvido. Você modula o áudio para algo bem baixo, apenas para você ou pode dar um ganho suficiente para todos. Isso me deixa preocupado. As pessoas tendem a usar música em volume alto sem fones geralmente com gosto musical lamentável.

Nas cabeças e mentes

E se o AI Pin ou algo similar a ele foi proposto para entrar em sua cabeça? Sim, virar parte de você? Você acha viável juntar seu cérebro a poderosas ferramentas de Inteligência Artificial (IA em português e AI em inglês)? O que será o próximo passo? Ter acesso a dados de forma instantânea em sua mente e conseguir traduzir idiomas variados com pouco tempo de processamento? Nunca mais esquecer compromissos? Tudo isso e muito mais é suficiente para te convencer a tal implante? Esse é um assunto cada dia menos ficcional. Vamos aguardar mais 5 anos – quem sabe menos.

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