Black Friday: identificar reputação de lojas e compradores é vital para evitar fraudes
Sim, evitar fraudes no comércio online não é uma tarefa fácil. Porém, segundo Sebastián Stranieri, CEO da VU, há como tanto consumidores quanto comerciantes evitarem golpes. Uma das principais e primeiras medidas é verificar a reputação de quem está fazendo negócio com você. E sim, não é só uma tarefa do consumidor, mas também do comerciante.
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Pensando na Black Friday, nesta sexta-feira, 24, eu entrevistei o CEO da VU para saber mais dicas de proteção para comerciantes e consumidores e trago agora as respostas dele abaixo. Confira porque tem muita dica importante.
DPTT – Quais os cuidados os comerciantes e os consumidores precisam ter pré, durante e pós-Black Friday para evitar golpes?
Sebastián Stranieri – É essencial que tanto os comerciantes como os consumidores verifiquem a reputação uns dos outros antes de estabelecerem uma relação comercial. Por exemplo, ao comprar numa plataforma de e-commerce, é fundamental verificar a reputação do vendedor. Para o consumidor, pode ser benéfico contratar um seguro contra golpes de compra, proporcionando proteção adicional em caso de qualquer eventualidade. Além disso, é fundamental evitar realizar compras por meio de links enviados pelo Instagram ou WhatsApp, pois podem ser fraudulentos.
DPTT – Como o consumidor pode checar se uma loja é real ou não? Se aquela promoção é real ou não?
SS – Atualmente, a autenticidade de uma loja ou promoção online pode ser verificada principalmente por meio da sua classificação e reputação. Isso inclui verificar itens como: comentários e tráfego da loja no Google Maps. Além disso, os usuários podem usar ferramentas como o Identity Link, um produto VU, para realizar testes de validação de identidade, incluindo verificação de documentos e reconhecimento facial.
DPTT – Como o comerciante pode se preparar para evitar ataques como DDoS que podem arruinar seu negócio nessa data?
SS – Embora seja pouco provável que sejam vítimas de um ataque DDoS, as empresas online enfrentam frequentemente problemas durante a Black Friday devido à alta da procura. Para evitar isso, é fundamental contar com um sistema de nuvem elástico que se ajuste a um elevado volume de necessidades e assim evite perdas de vendas.
DPTT – Que dicas dá para pessoas que estão nas redes sociais e podem ser bombardeadas com falsos links de promoções? E para aqueles que recebem tais links via e-mail ou WhatsApp? O que fazer?
SS – É essencial sempre buscar a fonte original. Por exemplo, se você receber um link com uma oferta, deve verificá-lo diretamente no site ou aplicativo oficial da marca para confirmar a autenticidade da promoção. Os links não devem ser abertos se houver dúvidas sobre a sua origem ou se o remetente não tiver relação com a entidade que supostamente os enviou, como no caso de promoções bancárias enviadas a partir de emails não oficiais.
DPTT – Algo mais a comentar?
SS – É fundamental que qualquer empresa focada na venda de serviços digitais verifique a identidade dos seus consumidores, respeitando as normas de proteção de dados pessoais. Manter um registro verificado e atualizado dos consumidores permite construir um histórico confiável e seguro para ambas as partes.
Além disso, o CEO da VU complementou afirmando que, de acordo com o Fraudômetro, do Serasa Experience, já foram registradas mais de 8 milhões de fraudes de identidade neste ano. Somente no setor de varejo, a ferramenta aponta mais de 316 mil registros.
Stranieri completa trazendo mais dados, desta vez de um relatório da ESET. “Brasil e México, segundo o ESET Threat Report Q3 2022, estão entre os países onde o maior número de ameaças a dispositivos Android foi detectado globalmente”, afirma o CEO deixando claro as ameaças que pairam não só agora na Black Friday, mas a todo momento na Web.
Porém, o consumidor precavido e que acessa apenas sites confiáveis, com reputação elevada, não deverá encontrar golpes pela frente. Deve trazer um histórico dos preços dos produtos para saber se a promoção sexta é maquiagem ou se é realidade. Pesquisa gera economia sempre.
Imagem principal por WOKANDAPIX/Pixabay