Com o objetivo, segundo as autoridades, de aumentar os falantes da língua francesa, a província do Quebec está introduzindo, já em 2024, novas medidas para estudantes de fora da província que queiram fazer universidade por lá. O governo do Quebec irá aumentar o valor das mensalidades e exigir proficiência do francês para os estudantes de fora da província.

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As três universidades de língua inglesa do Quebec (duas em Montreal e uma em Sherbrooke) estão reclamando de que as medidas seriam um “ataque direcionado” contra elas.

Em carta publicada na última quarta-feira, 13/12, o ministro do Ensino Superior do Quebec, Pascale Déry pontuou que o valor da mensalidade para estudantes de fora da província saltará de C$ 9.000 para C$ 12.000 por ano. O governo queria dobrar, mas acabou resolvendo aumentar “apenas” 33%. Lembrando que o custo médio para estudantes nacionais em Quebec é de C$ 6.500.

Francês

Além da questão financeira, os estudantes de fora do Quebec terão que melhorar o francês. A província exigirá que 80% dos estudantes de fora do Quebec atinjam ao menos o nível intermediário para conseguiram se formar. Se a universidade não conseguir esse índice, ela sofrerá sanções financeiras.

Além disso, o governo exigirá que uma parcela das taxas aplicadas aos estudantes seja direcionado para a província. Esses fundos serão redistribuídos, segundo o governo, para as universidades francófonas.

As três universidades de língua inglesa no Quebec são McGill e Concordia (ambas em Montreal) e Bishop’s (em Sherbrooke). O sentimento do trio de língua inglesa é que tais medidas seriam um ataque contra elas.

O governo do Quebec rebateu dizendo que o intuito é equilibrar o financiamento recebido pelas universidades inglesas e francesas na província. Desta forma, o governo usaria menos subsídios para estudantes de fora do Quebec e daria um incentivo maior a língua francesa. Há um claro objetivo de fazer o francês ser mais usual no Canadá. Em junho o Quebec aprovou uma lei que diz que o francês é o único idioma oficial da província.

Prejuízo

As universidades de língua inglesa reclamam que os cortes orçamentários vão fazê-las reduzir investimentos e cortar até 700 empregos, só na Universidade McGill. Isso porque as incrições para o trio de universidades de língua inglesa já foi reduzido em cerca de 20% e devem seguir caindo resultando em perdas na casa de C$ 150 milhões.

Imagem principal (garota lendo): Freepik

Com informações da BBC.com